sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Dióspiro


Os dióspiros são originários de três zonas: China, Japão e Estados Unidos, segundo a espécie. A variedade chinesa expandiu-se pela Ásia e depois para todo o mundo. Atualmente esta variedade de dióspiro produz-se praticamente em toda a Ásia, principalmente na China, Coreia e Japão.


As três espécies de dióspiro tiveram origem na China, Japão e Estados Unidos. A variedade chinesa chegou ao Japão no século VIII, onde se converteu num alimento muito apreciado. Daí expandiu-se ao resto do mundo, chegando aos Estados Unidos em 1870. Os primeiros dióspiros introduzidos na Europa foram os americanos.
Quase toda a produção de dióspiro concentra-se na Ásia, atingindo os 96% da produção mundial. Na Europa e América do Sul produz-se cerca de 2% do total e na Oceânia e América do Norte quase nada.
A vitamina C pode influir numa série de estados fisiológicos, como a supressão da formação de nitrosamina no intestino. O nitrito, presente nos alimentos e na água, pode reagir com as aminas dos alimentos para produzir nitrosaminas, cujo caracter carcinogénico foi demonstrado. Também se indica a capacidade antioxidante da vitamina c que protege do cancro e intensifica as funções imunológicas. As dietas ricas em carotenoides estão relacionadas com uma diminuição do risco de contrair cancro e doenças cardiovasculares.

O dióspiro pode ser usado para fins medicinais, aproveitando-se o fruto, as folhas, a casca da árvore e as flores Reduz a tensão, acalma a tosse, previne a arteriosclerose, purifica o sangue e lubrifica o intestino.
Além disso, também é um tranquilizante que estimula os fluídos corporais , acalma a sede, fortalece o baço, combate a diarreia, o sangue nas fezes e as hemorroidas.
As flores são usadas para tratar o sarampo, enquanto a casca da árvore se usa para tratar queimaduras.
Dois nomes, o mesmo significado:
Fruto
- Caqui (português brasileiro)
- Dióspiro (português europeu)
- caquizeiro (português brasileiro)
Diospireiro (português europeu)
O diospireiro ou caquizeiro chega a medir 18m de altura e tem poucas ramificações. As folhas são caducas, ovadas e ligeiramente pilosas. Forma vários tipos de flores, femininas, masculinas e hermafroditas. Podem aparecer árvores com um só tipo de flores ou com mais do que um.
É uma árvore que pode alcançar os 18m de altura, embora quando é cultivada não se deixa ultrapassar os 5-6m. Ramifica muito pouco e o porte é mais ou existem dois tipos de dióspiros menos  piramidal, tornando-se com a idade mais globoso. Também se aproveitam os frutos da espécie dióspiros virginiana, cujo cultivo não é frequente e por isso os frutos são apanhados de árvores silvestres.

O sistema reprodutivo do dióspiro é peculiar. Existem árvores que dão flores masculinas e femininas, outras dão folhas que apresentam uma cor que vai de verde a vermelho-alaranjado. São apenas um tipo de flores (masculinas ou femininas), enquanto outras dão flores hermafroditas: As flores agrupam-se geralmente em número de três. As femininas são grandes, têm pétalas esverdeadas e estão dispostas individualmente. Atualmente só se plantam árvores femininas.
O dióspiro é uma fruta delicada que só se pode comercializar nas zonas produtoras. O seu consumo concentra-se em poucos meses.
O dióspiro é um fruto de temporada, que se encontra disponível apenas durante alguns meses. Por exemplo, no mercado do Reino Unido pode-se consumir desde Fevereiro a Maio.

Neste caso os dióspiros provêm do Chile. No entanto, como é um fruto muito delicado não é frequente a sua comercialização fora das zonas produtoras.
Em Portugal a campanha de comercialização decorre normalmente de Outubro a Dezembro. O transporte e a distribuição deste fruto devem ser efetuados com bastante cuidado, pois trata-se de um produto frágil. A temperatura tem de ser baixa e o arejamento adequado, para evitar danos causados pelo etileno.
A temperatura deve manter-se o mais baixa possível e o arejamento deve ser adequado para reduzir os níveis de etileno. Não devem fazer-se cargas mistas com substâncias produtoras deste gás. Durante a distribuição o dióspiro pode sofrer determinados problemas fisiológicos durante o seu armazenamento.

Se a concentração de gás for elevada produz um envelhecimento prematuro do fruto que amolece e perde a qualidade, perdendo assim o seu sabor.

Fotos da net