Os dióspiros são originários de
três zonas: China, Japão e Estados Unidos, segundo a espécie. A variedade
chinesa expandiu-se pela Ásia e depois para todo o mundo. Atualmente esta
variedade de dióspiro produz-se praticamente em toda a Ásia, principalmente na
China, Coreia e Japão.
As três espécies de dióspiro
tiveram origem na China, Japão e Estados Unidos. A variedade chinesa chegou ao
Japão no século VIII, onde se converteu num alimento muito apreciado. Daí
expandiu-se ao resto do mundo, chegando aos Estados Unidos em 1870. Os
primeiros dióspiros introduzidos na Europa foram os americanos.
Quase toda a produção de dióspiro
concentra-se na Ásia, atingindo os 96% da produção mundial. Na Europa e América
do Sul produz-se cerca de 2% do total e na Oceânia e América do Norte quase
nada.
A vitamina C pode influir numa
série de estados fisiológicos, como a supressão da formação de nitrosamina no
intestino. O nitrito, presente nos alimentos e na água, pode reagir com as
aminas dos alimentos para produzir nitrosaminas, cujo caracter carcinogénico
foi demonstrado. Também se indica a capacidade antioxidante da vitamina c que
protege do cancro e intensifica as funções imunológicas. As dietas ricas em
carotenoides estão relacionadas com uma diminuição do risco de contrair cancro
e doenças cardiovasculares.
O dióspiro pode ser usado para
fins medicinais, aproveitando-se o fruto, as folhas, a casca da árvore e as
flores Reduz a tensão, acalma a tosse, previne a arteriosclerose, purifica o
sangue e lubrifica o intestino.
Além disso, também é um
tranquilizante que estimula os fluídos corporais , acalma a sede, fortalece o
baço, combate a diarreia, o sangue nas fezes e as hemorroidas.
As flores são usadas para tratar
o sarampo, enquanto a casca da árvore se usa para tratar queimaduras.
Dois nomes, o mesmo significado:
Fruto
- Caqui (português brasileiro)
- Dióspiro (português europeu)
- caquizeiro (português
brasileiro)
Diospireiro (português europeu)
O diospireiro ou caquizeiro chega
a medir 18m de altura e tem poucas ramificações. As folhas são caducas, ovadas
e ligeiramente pilosas. Forma vários tipos de flores, femininas, masculinas e
hermafroditas. Podem aparecer árvores com um só tipo de flores ou com mais do
que um.
É uma árvore que pode alcançar os
18m de altura, embora quando é cultivada não se deixa ultrapassar os 5-6m.
Ramifica muito pouco e o porte é mais ou existem dois tipos de dióspiros
menos piramidal, tornando-se com a idade
mais globoso. Também se aproveitam os frutos da espécie dióspiros virginiana,
cujo cultivo não é frequente e por isso os frutos são apanhados de árvores
silvestres.
O sistema reprodutivo do dióspiro
é peculiar. Existem árvores que dão flores masculinas e femininas, outras dão folhas
que apresentam uma cor que vai de verde a vermelho-alaranjado. São apenas um
tipo de flores (masculinas ou femininas), enquanto outras dão flores
hermafroditas: As flores agrupam-se geralmente em número de três. As femininas
são grandes, têm pétalas esverdeadas e estão dispostas individualmente.
Atualmente só se plantam árvores femininas.
O dióspiro é uma fruta delicada que
só se pode comercializar nas zonas produtoras. O seu consumo concentra-se em
poucos meses.
O dióspiro é um fruto de
temporada, que se encontra disponível apenas durante alguns meses. Por exemplo,
no mercado do Reino Unido pode-se consumir desde Fevereiro a Maio.
Neste caso os dióspiros provêm do
Chile. No entanto, como é um fruto muito delicado não é frequente a sua
comercialização fora das zonas produtoras.
Em Portugal a campanha de
comercialização decorre normalmente de Outubro a Dezembro. O transporte e a
distribuição deste fruto devem ser efetuados com bastante cuidado, pois
trata-se de um produto frágil. A temperatura tem de ser baixa e o arejamento
adequado, para evitar danos causados pelo etileno.
A temperatura deve manter-se o
mais baixa possível e o arejamento deve ser adequado para reduzir os níveis de
etileno. Não devem fazer-se cargas mistas com substâncias produtoras deste gás.
Durante a distribuição o dióspiro pode sofrer determinados problemas
fisiológicos durante o seu armazenamento.
Se a concentração de gás for
elevada produz um envelhecimento prematuro do fruto que amolece e perde a
qualidade, perdendo assim o seu sabor.
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